"...you thought they were all kiddin´you
you used to laugh about
everybody that was hangin´out
now you don´t talk so loud
now you don´t seem so proud..."

domingo, 16 de maio de 2010

24 anos

15/05

É tão difícil expressar o que a gente sente. Aniversário dele hoje. E ela seria a pessoa mais feliz do mundo se ñ se lembrasse. Quer dizer, ñ seria, pq se esquecesse ñ teria motivos para comemorar. Pensou nele a semana inteira. Deixou coisas para depois, ñ fez o que devia fazer para ter um sábado cheio, para ñ ter tempo de pensar nele hoje. Quanta hipocrisia da sua parte... Acordou pensando. Enviou um e-mail parabenizando.

16/05

E ela só queria dizer o quanto ele é especial. Tropeça nas palavras e sempre sai uma merda. Isso também acontece comigo, com esse texto. Quando comecei a redigí-lo pensei em dar uma forma diferente da que darei até o final. É sempre assim, e aqui dentro passam tantas coisas. Às vezes vendo fotos, ela fixa os olhos em alguém e imagina o que se passa ali dentro. Acredita que cada cabeça é um universo diferente. Algumas são ocas, outras confusas, outras lhe transmitem paz, algumas fúria, mas a sua... A sua cabeça é uma confusão danada. Se esforça pra colocar tudo em ordem, mas isso é tarefa árdua.

Ela sabe quando as coisas vão se aquietar lá dentro. E msm com tantas tentativas, também sabe que não depende exclusivamente de si. Ahhh, uma companhia. Uma companhia pra ir ao show do Maurício Tizumba, pra ver um filme da Marieta Severo exibido na praça, pra ir a uma peça de teatro, pra assistir um filme infantil, pra discutir sobre literatura, pra viajar, pra tocar piano enquanto ela tenta dormir, pra mexer em seu cabelo, pra lhe abraçar quando se sentir frágil, pra dar gargalhadas, pra falar sério, pra ter opinião, pra mudar de opinião, pra mudar a sua opinião, pra discutir política, pra ouvi-la defender a Dilma, pra tentar convencê-la de que o Serra é a melhor alternativa, pra dormir abraçada, pra olhar nos olhos, pra ficar em silêncio, pra sentir saudade do cheiro, pra tomar uma cerveja, pra comer qualquer bobagem, pra pagar um sorvete, pra ouvir uma música, pra olhar pro céu, soltar pipa, nadar no rio e dividir a rede.

As limitações. Cada vez menos opções. De A a Z já perdeu mais da metade do alfabeto. Esse medo de sofrer a impede de viver. Quem lhe dera poder voar.


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Radiohead - Creep

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