"...you thought they were all kiddin´you
you used to laugh about
everybody that was hangin´out
now you don´t talk so loud
now you don´t seem so proud..."

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Azul

As crises existenciais cada vez mais constantes. Sempre achei isso tão ridículo e agora aqui estou. Pra onde foi aquela menina que demorava horas pra dormir, olhava as estrelas sem se cansar, dava risada de qlq coisa. Ela era feliz, questionadora, satisfeita. Hoje se sente tão pequena, tão complexada. E usa uma máscara tão perfeita que as pessoas pensam q ela é o q ñ é. Pensam q é forte, feliz, centrada. Seus amigos sabem que tem um blog, mas ela ñ passa o endereço. Porque é seu, é a sua intimidade exposta e ela tem uma reputação a zelar. Pensavam q ela seria médica, ela queria ser médica, pq queria curar as pessoas, cuidar. Hoje quer ser advogada, quer punir. Agora já ñ quer mais nada além de partir. Chorava por qlq coisinha, era tão sensível, e hoje as lágrimas são tão escassas, q a única coisa q sobra é o aperto no peito, a sensação de um peso insustentável nas costas. Conversava com os amigos, falava de si, dos seus sentimentos e agora só escuta. Guerra declarada. E a História nos ensina q a guerra só termina quando uma das partes desiste. Ou morre. Ela quer desistir de lutar, mas é tão jovem, tem um mundo inteiro pela frente. É tão difícil ser compreendida. Ninguém percebe. Um dia a mais de vida é sempre visto como um dia a menos, uma superação, uma aproximação do fim. É o cansaço... A falta de coragem. Dizem que o cigarro mata aos poucos... Ela precisa de algo mais eficiente.

"Porque o ñ ser é um vazio infinito, e o espaço vazio é azul." Milan Kundera

domingo, 22 de novembro de 2009

Mais um dia

É um saco ser eu mesma o tempo todo. Por q diabos a minha língua tem vontade própria? Fala o q quer e eu acabo ouvindo o q ñ quero. Acho ótimo ter um lugar só meu, onde eu possa parar p pensar. Lá do alto a sensação é incrível. Td fica tão pequeno... até os problemas. Pai alcóolatra é uma merda mesmo. O bom da vida é ser feliz d qlq forma. E eu to tentando, viu?!

domingo, 15 de novembro de 2009

Por favor, cativa-me!

Exatamente às 20 horas e 18 minutos do dia 15 de novembro de 2009 o meu mundo caiu. E eu cheguei à conclusão q perdi. Antoine de Saint-Exupéry mentiu ou encontrei a exceção da regra. A pergunta q me faço desde então é por que eu me importo tanto. E eu realmente ñ entendo. O pequeno príncipe vivia em um mundo só dele, assim como eu, e certa vez lhe disseram q ele se tornava eternamente responsável pelo q cativava.

"Mas se tu me cativas, teremos necessidade um do outro. Serás para mim, único no mundo. E eu serei para ti, única no mundo. Minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. O teu passo me chamará para fora da toca, como se fosse música. A gente só conhece bem as coisas que cativou."

Desde 1996, quando nos conhecemos, que ele tenta me cativar de todas as formas. Jurava um amor q acredito nunca ter existido. E de repente, sem sequer peceber, comecei a ceder.

"- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.- É preciso ser paciente. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal- entendidos. Cada dia te sentarás mais perto..."

Ele viajou por um tempo, ficou 2 anos em outra cidade. Eu continuei aqui... Esperando. 14 anos se passaram desde quando nos conhecemos.

"Se tu vens por exemplo, às quatro da tarde, desde às três, eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade!"

Me chamava de Srta. Solitária e não entendia por que eu nunca namorava ninguém. Tentava se aproximar e eu continuava quieta, dando pequenas doses de esperança ñ por jogos, mas por eu ser assim. E por ser assim tantas vezes fui criticada. E hj vejo uma foto, depois várias, vejo um vídeo, uma bela declaração de amor... E um pedido de casamento. Nossa, a coisa mais linda q já vi. Logo eu q acho essas coisas de uma breguisse sem igual.

Mas se é verdade q vc se torna eternamente responsável pelo que cativa, então ele deveria ser responsável por mim. E deveria cuidar de mim, dos meus sentimentos... E ele falou da pele, da leveza, do sorriso, da calma e de mais mil e cem qualidades que faltam em mim, mas q sobram na sua futura esposa. Poesia.

Enviei um e-mail: ...e a propósito estou t deletando do meu orkut e do msn. é melhor p vc assim. a gente só briga e eu ñ faço bem a sua pessoa. sendo assim... tenha uma ótima vida. de coração meeesmo.

Por que ele me deixa tão confusa? Por que insiste em me torturar? Por que ñ me deixa em paz? E eu poderia escrever muito, mas uma simples passagem de um livro resume bem o que eu sinto.

"- É preciso q eu suporte 2 ou 3 larvas se quiser conhecer as borboletas. Dizem q são tão belas! Do contrário, quem virá visitar-me? Tu estarás longe... Quanto aos bichos grandes, ñ tenho medo deles. Eu tenho as minhas garras.
E ela mostrava ingenuamente seus quatro espinhos. Em seguida acrescentou:
- Ñ demores assim, q é exasperante.
Tu decidiste partir. Vai-te embora!
Pois ela ñ queria q ele a visse chorar. Era uma flor mto orgulhosa..."


E eu q pensava ser a flor de Minas, q ñ acreditava em inferno astral. Ele nunca se lembrou do meu aniversário... E só pra constar, é depois de amanhã.

domingo, 8 de novembro de 2009

Irmã

"É tão misterioso, o país das lágrimas!"

Ela é cruel... Como pode dizer todas aquelas palavras, ferir alguém daquela forma e dormir. Como consegue acordar tão tarde, com a cara limpa, ligar pra amiga, debochar da briga e sair. A casa fica triste, os vizinhos com sono e raiva, por terem perdido a noite de sono por causa dos gritos. Meu irmão calado, meu pai mais quieto que o normal, minha avó pisando em ovos e minha mãe fazendo de tudo para que alguém acredite que ela não está magoada, embora no fundo ela esteja sangrando. Eu preferia não passar por isso para descobrir que sou tão diferente... e que tenho um bom coração.

domingo, 4 de outubro de 2009

Fugere urbem. Et carpe diem.

Fotos e comentários. Nas fotos as pessoas são sempre felizes... Dá saudade.

E de pensar que no final de semana que vem eu vou pro paraíso. A Terra do Nunca. Terra da minha mãe. Cidade pequena, na verdade um Distrito. As casas não têm muros nem portões. Os quintais são enormes. A porta da sala é a porta da rua. As janelas não têm grades. As pessoas entram sem pedir licença. Todos te conhecem, acreditam que sabem quem você é pela sua descendência.

O cheiro de grama, de terra firme. Cavalgadas. Durante o dia um calor danado, a noite um frio gostoso. Uma cerveja gelada, um vinho de má qualidade que em boas companhias se torna o melhor do mundo. Não tem farmácia, tem benzedeira. Aos domingos a Igreja fica cheia e mesmo sem ser católica, gosto de estar lá. Em cada esquina um novo bar. A cachaça sempre presente. Uma turma de amigos, cada um com experiências diferentes, gostos diferentes, amizade em comum. Sempre um caso pra contar. Às vezes uma fofoquinha. Pessoas de bom coração, simplicidade.

Água corrente, várias opções para nadar. Tem cachoeiras escondidas, o rio Jequitinhonha só pra gente. Carne de 1ª só quinta-feira, se chegar cedo ao açougue. E na cidade grande é outra coisa. É fumaça, é buzina, luzes e mais luzes, barulho. Lá é tranqüilo. Um supermercado, uma praça, muitos cavalos e a noite você vê o céu mais lindo do mundo, todas as estrelas. Não precisa de tv nem de relógio. Telefone chegou lá quando fiz 15 anos e os orelhões ligam de graça pras casas da comunidade.

Mineração, garimpo, histórias de assombração. Um cemitério e um campo de futebol. Uma anta morta na represa. Às vezes falta água. Felicidade na pobreza, é triste mas não deixa de ser belo. E aqui a gente quer sempre mais. Passado, presente e a gente vai desenhando nosso futuro... Cheio de cores e de nostalgia.
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Ritual - Cazuza

Pra que sonhar
A vida é tão desconhecida e mágica
Que dorme às vezes do teu lado
Calada
Calada

Pra que buscar o paraíso
Se até o poeta fecha o livro
Sente o perfume de uma flor no lixo
E fuxica
Fuxica

Tantas histórias de um grande amor perdido
Terras perdidas, precipícios
Faz sacrifícios, imola mil virgens
Uma por uma, milhares de dias

Ao mesmo Deus que ensina a prazo
Ao mais esperto e ao mais otário
Que o amor na prática é sempre ao contrário
Que o amor na prática é sempre ao contrário

Ah, pra que chorar
A vida é bela e cruel, despida
Tão desprevenida e exata
Que um dia acaba

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Anjos existem?

Sabe aquela pessoa q vc ñ conhece, mas q sempre está nos mesmos lugares que vc? Isso me deixa louca e eu perco várias noites de sono qdo acontece. Uma amiga me disse que é pq a pessoa é o nosso anjo. Mas q bobagem, anjos têm asas e aquele ali só tem asas se for na imaginação.

Detalhe q eu frequento uma série de lugares com perfil bem variado, e o meu anjo também. Me encabula pensar que às vezes vc vai a um mega show, sabe de várias pessoas q vc conhece, q tb estão naquele lugar. Geralmente, qdo a gente quer encontrar alguém, um amigo que seja, a gente nunca encontra. E o tal do anjo, que eu nem conheço, sempre dá um jeito de parar do meu lado. Assim, por acaso.

A primeira vez que o vi foi em Diamantina, em um dos mtos carnavais q passei lá. Não foi difícil perceber sua presença, porque ele tem uma luz, mas o q chamou a atenção mesmo foi o cabelo roxo. E qdo eu era adolescente, sempre tive vontade de pintar ao menos as pontas dos meus. E eu fiquei olhando, aquele jeito de dançar, cheio de vida, parecendo um frito. haha E eu gosto disso! Primeiro vi o cara na Baiuca, depois na Batcaverna. Não sei pq, chamou a atenção!

Não é segredo que moro em BH, mas a segunda vez que o vi foi em Sete Lagoas. Teve um show do Chiclete com Banana, e meus amigos todos estavam indo. Pra ser sincera ñ é esse o tipo de música que amacia meus ouvidos, mas como eu sou uma baita "Maria vai com as outras", tive que seguir o fluxo. A minha prima, que foi de carona comigo, se perdeu da gente e até ficou pra trás, coitada. O que prova que ñ é tão fácil qto parece encontrar alguém assim, em um evento relativamente grande. Pois ñ é q o tal anjo parou do meu lado?! Do meu lado. Bem na entrada do evento, e isso pq o local tinha no mínimo umas 6 entradas.

Me dá até arrepios. E a minha vida é tão cheia dessas coincidências, que no fundo eu acho q atraio. Tudo bem, encontrar a msm pessoa em duas cidades diferentes até que vai. O mais estranho de tudo isso, é que outro dia teve uma calourada na UFMG, e eu ñ sabia onde ficava o CÉU. Os shows seriam da Nação Zumbi, Pedro Luis e a parede e um sertanejo lá. Das duas primeiras eu gosto, tb gosto de um sertanejo ou outro, afinal de contas, minhas raízes são da roça, né?!

Como boa mineira que sou, ñ sabia onde era, então perguntei. E eu sou míope, ñ enxergo direito. Vinham 3 caras atravessando a avenida, daí eu disse meio que as berros. "Ôh menino, vc sabe onde fica o CÉU?" Eles foram se aproximando e o do meio apontou a direção, eles estavam indo pra lá. Quando olhei pro cara ao lado, era ele, o meu anjo da guarda! Eu fiquei quase louca. E como já tava com umas cachaças na cabeça, demorei 3 séculos pra pensar na puta coincidência. Pq ver a pessoa em alguns lugares, ainda vai. Mas pedir informação já é demais. E na h nem pensei que CÉU e ANJO têm tudo a ver, só agora, escrevendo aqui mesmo. rsrsrs. Ele tem uma luz, é uma coisa inexplicável.

Daí teve o Festival de Jazz da Savassi, e eu seeeeempre vou. Adoro aquilo ali. Fiquei perto do palco de lounge e de vez em quando dava uma sassaricadinha. Daí fui com uma amiga comprar uma cerveja, e qdo ela parou p comprimentar um desconhecido seu amigo, ñ é q a porra do meu anjo parou bem ao meu lado?! Ele é atleticano, eu tb, apesar de ñ sofrer qdo o time perde e só ficar emocionada qdo vou ao campo, principalmente se for um Clássico. Nossa, aí eu até arrepio. É q ñ curto mto essa história de ver jogo pela TV. E qdo vou a um boteco, vou mais pela cerveja do q por qlq outra coisa, já q nem dá p cv direito, pq a galera fica toda concentrada. A Vanessa, minha amiga, xinga cada palavrão q só vendo.

Mas como ia dizendo, o anjo de asa quebrada parou ao meu lado e como se ñ bastasse, tb ficou com a sua turma, perto da minha. E falando assim há qm pense q ele me persegue, mas o cara nem sabe q eu existo, é pura coincidência meeeesmo. E é isso o q mais me espanta, pq eu detesto essas coincidências q me fazem perder o sono. E fico pensando, pensando, pensando. Acho q um dia a gente ainda vai se conhecer.

Carnaval em Dtna
Chiclete com Banana em Sete Lagoas
Nação Zumbi no CEU
Jazz e Lounge na Savassi

4 coisas que ñ têm nada a ver uma com a outra. 4 eventos com uma quantidade enoooorme de pessoas. 4 encontros casuais. E eu detesto o nº 4, pq é par.


Obs: Sobre o último post. O amor da minha vida tava lá siiim. E um dia antes do Festival de Jazz fui a uma festa e ele tb tava lá. E agora as coisas começam a seguir um caminho de pedras amarelas. É, eu ñ tive a chance de fazer um final diferente, mas fiz um meio, e isso é um bom sinal, pq o fim ainda está loooonge!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Abracadabra

"Plin!"
E puft, apareço ai...
Plin é uma onomatopéia, um barulho q ñ pode ser explicado de outra forma, além do seu próprio som. E de repente te dá uma idéia. A idéia de mágica, como se o teletransporte existisse, e assim, sem mais, num simples passe de mágica, desse um "plin" e eu me tranpostasse praí. Pro lugar onde eu gostaria de estar, pertinho d vc.

Considerando q a gente se v apenas 2 vezes ao ano, e ontem foi a primeira de 2009.... Talvez eu ainda tenha uma chance de fazer um final diferente. Será q hj ele vai láaaaaaaaa???

Festival de jazz e lounge na Savassi. "Bão demáaaas".

terça-feira, 14 de julho de 2009

Um sonho todo azul. Azul da cor do mar.

E assim como entrou na minha vida, hoje se foi.
De repente...

Uma verdade inquestionável. Todo cara interessante já está interessado em outra pessoa que não eu, e claro, é correspondido.

Ele chegou disfarçado em um telegrama. Eu precisava ir ao Intituto até o dia 12/06 e se não fosse, seria desclassificada. Putz, eu nem me lembrava mais daquele concurso. Fui. Pensei, decidi, liguei pro meu chefe e pedi demissão. Mandei a publicidade às favas. Às vezes é preciso abandonar o barco e seguir a nado livre mesmo. Comecei a trabalhar no meu novo emprego dia 15.

_Bruna, em qual bairro você mora? - Perguntou a boss. Daí ela disse que eu ficaria na minha região. Um cara tava saindo e eu entraria em seu lugar. Então fui pra Região Leste e minha supervisora me deu um cartão BHbus pra que eu visitasse os locais com ele, acompanhar o serviço de perto, aprender e me familiarizar com o roteiro que eu vou repetir mês após mês nos próximos 2 anos se nada der certo.

Ahh, bonitinho, eu pensei. E aquele cabelo desgrenhado, a barba por fazer, a atenção a cada palavra que eu dizia, as duas tattoos, a forma como olha nos olhos, a gargalhada sincera como a de uma criança, a espontaneidade, o jeito polêmico, as idéias esquerdistas, a mochila, o gosto pela literatura, o gosto musical... Ahh, tudo, tudo formava um conjunto que me encantou desde os primeiros 5 minutos de conversa.

"Aqui todo mundo é de câncer. Câncer combina com escorpião. Que bom, né?! Acho que você vai se dar bem aqui." É um louco. Andamos por essa cidade, trocamos idéias, experiências, demos risadas. Durou uns 15 dias. Nunca conheci alguém que fosse tão parecido comigo. O mais interessante de 2009. haha. Os mesmos gostos, os mesmos livros... E eu amo livros, quer me impressionar é só falar de livros.

Tá bom vai, ele gosta de Michael Jackson... E confesso que eu já estou mais do que saturada com toda essa parafernalha da mídia que não deixa o cara morrer em paz e quer a todo custo ressucitar a música e o moonwalk.

Eu tenho teclado, ele também; eu tenho uma gaita, ele também; eu tinha um violão, ele também tem; eu amo livros, ele também; The Beatles, ele também; quero uma radiola, ele já tem; fiz natação, ele também. Socorro, chega de coincidências na minha vida.

As diferenças, Bruna. Pensa nas diferenças.... Ele sabe tocar, você não toca música nenhuma, só escuta. Ele sabe nadar muito bem, você não morre afogada, mas tb ñ passa disso. E os livros? São livros famosos. Vê se ñ cai nessa outra vez. Já as músicas, realmente, é uma coicidência. A maioria das pessoas dos 20 aos 25 anos de hoje não gostam das músicas que vocês gostam. Mutantes, Janis, Bob, Jorge Ben Jor, Chico Buarque, Lô Borges, Pink Floyd, Flávio Venturini, João Bosco, Radiohead, Led, Guns. Gostar de Guns e assumir que gosta de Guns é super bacana. Melhor ainda, ouvir Um toque de clássico na Guarani FM.

_Eu tenho uma grande dificuldade em terminar as coisas que eu começo. Já fiz ballet, ñ sou bailarina. Já fiz natação, ñ sou nenhum Phelps. Já fiz vôlei, só completo equipe. Não sou muito boa com os esportes. Sei lá. Tenho gaita e não sei tocar direito. Teclado também não. Comecei a aprender violão, mas parei. Acho que um dia vou tentar teatro. Teatro eu acho legal,um desafio. rsrs.
_Pode ser sua última chance de terminar alguma coisa. Começa pra ver.
_O que?
_O teatro.

A despedida... Ele tem namorada e é louco por ela. Um dia eu ainda encontro alguém que goste tanto assim de mim. É bonito isso. Queria ter falado tantas coisas, trocar e-mails, manter contato, falar, falar, falar e ouvir. E o máximo que saiu foi: "Boa sorte, muito sucesso na sua vida. Eu gostei mto de te acompanhar, viu?! Das conversas... Vc é uma pessoa agradável." Ele riu, concordou, retribuiu e completou "Deu pra fazer muitas loucuras, né?!" Atravessamos a rua, demos um abraço, continuamos conversando e assim foi. FIM!

Agradável??? Eu disse agradável? Pqp. Na boa, eu sou uma anta. Como eu sou idiota. Agradável é foda. Deixou saudades e um cheiro de ervas no ar.

__________________________

Azul da cor do mar - Tim Maia

Ah!
Se o mundo inteiro me pudesse ouvir
Tenho muito prá contar
Dizer que aprendi...

E na vida a gente tem que entender
Que um nasce prá sofrer, enquanto o outro ri...
Mas quem sofre sempre tem que procurar
Pelo menos vir achar
Razão para viver...

Ver na vida algum motivo prá sonhar
Ter um sonho todo azul, azul da cor do mar...

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Vento, ventania

A Susan Boyle é um exemplo. Algumas pessoas têm uma força de vontade tão grande e uma determinação para alcançar seus objetivos, que seria injustp se não conseguissem.

Eu adoro quando as pessoas duvidam de alguém, principalmente porque isso já aconteceu comigo. Pode até parecer maldade, mas não é não. É um fato. Quando duvidam da nossa capacidade, nasce em nós um sentimento tão forte que dá um mega impulso pra que a gente consiga alcançar um objetivo. E a gente consegue!

Quando era criança estudei em escola particular. Eu era boa aluna, a professora chamava minha mãe na escola e pedia a ela para não me ensinar as coisas em casa, porque eu estava atrapalhando o andamento dos outros alunos. Detalhe: os meus pais nunca me ajudaram a fazer sequer o dever de casa.

Mas um problema de saúde que poderia acontecer com qualquer pai do mundo, atingiu logo o meu. Assim, papai teve que largar um dos empregos e, imaginem, manter três filhos em uma escola particular não é tão fácil quanto parece. E esse foi um dos acontecimentos mais importantes da minha vida, como um divisor de águas. A partir daí eu não seria mais a mesma.

Fui estudar na escola pública, que por sinal era a escola modelo de BH, referência do ensino público na época. Ahh, foi a melhor coisa que me aconteceu na vida. Conheci as pessoas mais interessantes, marcantes e das quais sinto mais saudade. Hoje tenho contato com poucos, mas sinto falta de muitos. E claro, muitos dos discursos que adotei e grande parte da minha filosofia de vida saíram dali, daquela escola rosa e daquelas pessoas que seguiram caminhos tão diferentes dos meus.

Quando cheguei lá, fui boa aluna desde o primeiro dia. É verdade quando dizem que o ensino público é deficiente. Fiquei um ano vendo coisas repetidas, coisas que eu já sabia e que a galera custava a aprender. Mas por pior ou melhor que seja a escola, bom mesmo deve ser o aluno. Peguei o ritmo e assim foi por toda minha vida.

Me formei no Instituto. E nesse mesmo ano, 2004, surgiu o Programa Universidade Para Todos, do Governo, mais conhecido como ProUni. Tentei Direito nas 5 opções, mas não consegui vaga de 100% por causa da renda do meu pai, que era superior ao limite. Então, das vagas remanescentes fiz uma salada dos cursos que achava mais interessantes e tentei a sorte nos 50% mesmo.

Dentre Direito, Ecologia, Publicidade, Fonoaudiologia e Engenharia de Produção, não sei por que cargas d'água fui cair logo na Publicidade. E claro, no meio de pessoas que não tinham os mesmos gostos que eu, os mesmos assuntos, as mesmas experiências e a mesma classe social.

Alguns pensamentos de esquerda eu abandonei ali, depois de conversar horas e horas com um "burguesinho" que, depois de muito tempo, se mostrou uma pessoa totalmente diferente do que eu pensava a priori e hoje ocupa um lugar mto especial no meu coração.

O pessoal da faculdade era e ainda é contra assistencialismo público. Algumas pessoas nunca mudam mesmo. Para eles, ProUni era absurdo, o universitário não entrava nas mesmas condições, logo não teria condições de exercer a profissão com a mesma competência que eles - os super inteligentes que preferiram estudar na faculdade particular, ao invés de ir pra UFMG, que tinha conceito baixo em Comunicação Social. haha

E isso que acabei de escrever tem tudo a ver com a primeira frase do post. Pq esse preconceito idiota despertou em mim um desejo enrome de mostrar pra eles que qualquer pessoa tem capacidade de ser o que quiser, se tiver oportunidade. E assim fui o Destaque Acadêmico, só pra contrariar as estatísticas.

Por causa do Destaque, ganhei uma Pós e não quis fazer; entrei em um curso de inglês pra minimizar meu complexo de inferioridade, também fui destaque no inglês; e agora, com o canudo debaixo do braço e uma declaração de Destaque na gaveta, estou pensando...

Que merda! Que grande merda.

Não quero ser publicitária, quero ser funcionária pública, ter estabilidade e claro, atuar na área que escolhi desde o princípio. Contribuir com o meu país e tentar melhorar essa joça.

Comprei uma escada pro paraíso e estou subindo a passos lentos, para apreciar a paisagem e curtir cada momento. Tenho 22 anos e uma vida inteira pela frente. Direito, eu to chegando!

terça-feira, 30 de junho de 2009

Início: pq td tem um começo.

Perdida!

2 anos pra tomar a decisão certa.
Já se passaram 15 dias.
Uma contagem regressiva pro progresso...

Um blog.
Uma história.
Um começo.
E talvez assim eu consiga me encontrar.

Ou quem sabe até encontrar algo que faça sentido.

--

Bob Dylan.

"Once upon a time you dressed so fine
You threw the bums a dime in your prime, didn't you?
People'd call, say, "Beware doll, you're bound to fall"
You thought they were all kiddin' you
You used to laugh about
Everybody that was hangin' out
Now you don't talk so loud
Now you don't seem so proud
About having to be scrounging for your next meal.

How does it feel
How does it feel
To be without a home
Like a complete unknown
Like a rolling stone?

You've gone to the finest school all right, Miss Lonely
But you know you only used to get juiced in it
And nobody's ever taught you how to live on the street
And now you're gonna have to get used to it
You said you'd never compromise
With the mystery tramp, but now you realize
He's not selling any alibis
As you stare into the vacuum of his eyes
And say do you want to make a deal?

How does it feel
How does it feel
To be on your own
With no direction home
A complete unknown
Like a rolling stone?

You never turned around to see the frowns on the jugglers and the clowns
When they all did tricks for you
You never understood that it ain't no good
You shouldn't let other people get your kicks for you
You used to ride on the chrome horse with your diplomat
Who carried on his shoulder a Siamese cat
Ain't it hard when you discover that
He really wasn't where it's at
After he took from you everything he could steal.

How does it feel
How does it feel
Ham on your own
With no direction home
Like a complete unknown
Like a rolling stone?

Princess on the steeple and all the pretty people
They're drinkin', thinkin' that they got it made
Exchanging all precious gifts
But you'd better take your diamond ring, you'd better pawn it babe
You used to be so amused
At Napoleon in rags and the language that he used
Go to him now, he calls you, you can't refuse
When you got nothing, you got nothing to lose
You're invisible now, you got no secrets to conceal.

How does it feel
How does it feel
To be on your own
With no direction home
Like a complete unknown
Like a rolling stone?"